27 dezembro 2010

Sem ação

Cortar-te-ei com a minha fria boca
sei que sangue há de jorrar
porém, tu inerte jamais se moverá

És um fraco, realmente um belo covarde sem braços
não vives, não amas, nem ao menos choras

Ainda insiste em moças sem sentido,
pois está sempre a negar o teu irremediável destino

Vive desejando a maldita da morte
simpatiza com o perigo, e ainda se julga o maior dos pervertidos

Este meu louco poeta está por ai, perdido e sozinho
procurando um sentido, que dificilmente há de encontrar...

Foi somente hoje que vi
então, agora entendi

Desperdicei minhas lágrimas por um laico ortodoxo
entreguei minha alma à um inebriante paradoxo

8 comentários:

  1. Bela poesia, de peso, ainda que um tanto melancólico, belo!

    Parabéns

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  2. linda poesia , apesar de ser um pouco triste, vou voltar sempre aqui. S2
    se puder de uma passadinha no meu blog:carolnaiara.blogspot.com
    beijos S2

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  3. Seu blog é divino.
    Bela postagem flor, melancólica e tocante.

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  4. não achei triste, mas sim revoltado...
    como a Clare torry cantando The Great Gig in the Sky e tdo aquilo que te expliquei enquanto ouvíamos Pink Floyd...

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  5. Bem exaltada as suas palavras, Karine. Causou um tremor em mim no trecho: "Desperdicei minhas lágrimas por um laico ortodoxo
    entreguei minha alma à um inebriante paradoxo."
    Finalizou cravando uma verdade sobre outra verdade. Lindo. Seguindo o blog e no aguardo de mais uma atualização.
    P.S. - Você começou o texto na mesóclise, épico. *-*
    P.S. - Encontrei seu blog na comunidade "Escrever". :)

    Meu blog caso queira dar uma conferida - Sinphonia Literária
    http://sinphonialiteraria.blogspot.com/

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  6. selinho pra tu : http://exacerbo.blogspot.com/p/selos.html

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