20 outubro 2010

Meu tolo amor

És um sujo escritor
aos meus olhos, impuro perdedor

Corta com frias lâminas
teu escuro coração sem escamas

Recebe não e talvez
de profundas vadias, que se fazem de santas

Desiste de absolutamente tudo
e usa cocaína como seu vazio refúgio

Para ele, a luz não existe
estará sempre a esperar por um cigarro e um drink...

Obsessão

Eu quero o azar de homens malditos, à sorte de meninos vazios.

03 outubro 2010

A cada reflexão

Este mundo é insano.
Mas nem sempre foi assim...

Havia um tempo
em que nós nos amávamos,
os pássaros cantavam,
e bons idolatravam.

Almas não vagavam sem destino,
seres não viviam por viver,
e pessoas matavam-se somente de desejo

A tão sonhada glória existia, era dada aos merecedores;
os valores se invertem, nossos sentidos se despedem.

Se olhares teus heróis, verás cicatrizes, arranhões
são marcas de uma época conturbada,
um turbilhão de emoções nos apossava.

Essa maldita inércia não existia,
ah não, tudo menos o marasmo,
sufocarei nessa rotina.

Dai-me um consolo, és meu protetor,
sabes que morrerei aos poucos.