13 setembro 2010

Nossa incólume ficção


Era tarde da noite,
a escuridão já entoava as ruas,
e os seres encontravam-se na habitual inércia.

Bateste à minha porta,
com um rosto marcado pela dor
clamou por asilo e compaixão,
lembrei de todo o sofrimento, e hesitei
porém, olhei através do seu peito, estava aberto e destroçado
com pena, cedi à sua vontade

Horas passadas, cigarros apagados e cafés bebidos...
Quando dei por mim
estávamos ali,
tão sozinhos e tão juntos
tão entendidos e tão confusos.

A naturalidade dominou,
e de repente, não mais que de repente
um beijo rompeu o silêncio da madrugada
tuas mãos aqueceram as minhas
e nossas roupas foram tiradas, arrancadas como se nunca tivessem existido.

Depois de muito nos amar
desmaiamos em um quente relento.
Pela manhã o sol anunciou o fim de uma desventura.
Mas ao olhar para a cama, não vi ninguém,
não havia nenhum resquício de tua presença
nem cheiro, nem voz, nem amor.

Maldição!
Percebo então o que foi aquilo tudo: um sonho.
Um sonho que sem ti, é pesadelo.
Tu nunca esteve e nunca estarás em meus braços
serás meu, somente na ficção...

5 comentários:

  1. legal o blog!


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  2. =0 muito muito muito muito bom!
    Você tem muito talento! Parabéns!
    Parabéns pelo blog!
    Sucesso!
    Beijos
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  3. gostei do blog.
    o meu é:http://mardeletras2010.blogspot.com/

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