A poesia é a muleta do cego,
cego de dor,
cego de amor,
cego até mesmo de felicidade.
Inspiramo-nos nas coisas
mais densas e triviais do mundo,
e até ensaiamos uma momentânea anestesia
que dura somente algumas linhas,
porque tão logo
a inspiração acaba,
e junto com ela se esvai
toda aquela alegria.
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